quinta-feira, agosto 17, 2006

…A Ida =o)…

Uma vez mais lá chegou o dia de fazer as malas com destino à nossa amada terrinha. Pensar que os velhotes estão lá à nossa espera como de uma gota de vida, faz-nos ter ainda mais vontade de se lá chegar.

As malas são feitas a pensar nos bons momentos que já se passaram e que pretendemos repetir. Metem-se roupas de verão para durante o dia e roupas mais aconchegantes para as noitadas. A bagagem dos bons momentos e recordações vai sempre a transbordar e volta ainda mais cheia.

O estado é de ansiedade, deixar o stress da cidade para partir em busca da calma de uma terra distante e acolhedora sobretudo familiar.

Nos dias de hoje a viagem, ainda não curta mas certamente mais rápida que outrora, faz-se em cerca de 4 horas… sem exceder as velocidades =o)! No entanto parece sempre maior com aquelas curvas intermináveis. Mas… nada se obtém na vida sem esforço e o que é conseguido sem esforço, não se lhe dá o devido valor.

No caminho, para além da boa disposição que é característica do fradiguense, vai-se falando do que há a fazer assim que se lá chegar, fala-se também das terras pelas quais passamos antes, em que muitas já têm a sua história marcada. Desde a terra onde pára o expresso, até à boa da bifana que já se comeu em qualquer lado com alguém numa das inúmeras viagens que já se fizeram. Ao mesmo tempo, vamos pensando em quem já poderá lá estar para nos receber e quais as razões que nos fazem querer voltar.

Quando se chega perto, começam a ver-se os nomes das terras mais familiares, procura-se o que há de diferente nelas, aprecia-se a vista, tenta-se de certa forma disfarçar o nervosismo da vontade de chegar.

Nos quilómetros finais pensa-se em tudo num curto espaço de tempo, na viagem, no que vamos fazer, quem poderemos encontrar, como vamos contar algumas peripécias que a viagem tenha tido, até lermos a frase Bem Vindos a Frádigas.

Aí parece que o tempo pára.

Procura-se nas ruas uma cara conhecida, buzina-se como manifestação, de cheguei uma vez mais.

Durante a viagem tivemos tempo para relembrar todas as razões para querer lá chegar, a família, os mimos, a companhia, os serões, as tão merecidas e almejadas férias, as festas, o convívio, o reencontro dos que durante o ano não se vêem, o rio, as tardes na fonte, etc… no fundo tudo é uma boa desculpa para nos escapulirmos para uns dias já por muitos considerados sagrados. Mesmo que se trabalhe, quem se importa de fazer os quilómetros para ir reinar durante apenas duas noites? Ninguém!

Finalmente chegámos!